Bom, Vale Mais uma Tentativa
Preparativos de Guerra
Ele levantou a varinha umas cem vezes e abaixou outras cem. Em toda a sua vida, nada mesmo lhe preparara para aquela situação. Não era somente a sua vida, mas a de tantos outros que estava em suas mãos. As mãos de um agarrador. De alguém que passou os últimos quatro ou cinco anos pescando as situações que eram oferecidas a todos e usando-as para si. Era simplório dizer que ele aproveitava as chances que os outros desperdiçavam. Só não foi assim em um caso... O amor. A mulher que partilhava daquela aliança para com ele não fora conseguida dessa forma. Ele lutou por ela com outros e com a mesma. Conseguiu seu coração quando parecia ter perdido todo o resto. A vida dela também estava em suas mãos.
Quando deixou de ser só um garoto para se tornar o estrategista de um grupo de resistência ele não lembrava mais. Lembrou que no primeiro ano ele havia começado com uma simples caça ao tesouro e terminara conduzindo uma batalha contra treze comensais da morte. Da elite! Não somente os velhos Crabbe e Goyle como o novo e fanático Lucius Malfoy e sua nova parceira de crimes Lestrange. Ah, como odiava aquela mulher. Havia tirado o tio do seu melhor amigo, tirara os pais de outro e até afastou o seu irmão Percy de sua família. Como adorou quando Neville, em meio aos escombros da mansão em Godric Hollow, batalhara com ela e a derrotara de uma forma que nunca havia sido feita antes. Ela gritou e amaldiçoou milhares de vezes. E morreu por suas próprias mãos quando o garoto se defendera com um espelho. Um truque esperto para dizer a verdade.
Que fazia ele ali? Essa pergunta ecoou tanto em sua cabeça que chegou a abrir um buraco e deixou-o de cama por uma semana. Harry lhe dera uns tabefes na cabeça pelo que fizera consigo mesmo. Foi uma das poucas vezes que vira Harry rir naqueles anos. O amigo se tornara um líder para a Ordem depois da última batalha contra os Malfoy. O próprio Snape tivera que indicá-lo. Engraçado como a primeira coisa que ele fez ao assumir a liderança foi dar os louros para os outros. Por mais que ele desenvolvesse uma certa malícia e ambição dentro de si, ele continuava a ser o Harry. E o Harry é honesto e humilde. A maior vantagem de ter morado com os Dursley.
Falando dos ditos-cujos, ele ainda se penava pela batalha na rua dos Alfeneiros. Não puderam salvar Petúnia por um erro seu. Subestimara os novatos e ela pereceu salvando o filho de um Avada Kedrava. Engraçado como a égua velha ainda tinha algum poder, não era um aborto completo como pensara. Por causa disso o “Dudinha” conseguiu levar uma vantagem e quebrar a cara de um comensal que ousou chacotear dele e ser pego desprevenido. Não tinha muito que enterrar depois. Depois disso Valter e Duda se exilaram. Estavam em um dos galpões de proteção aos trouxas que conheciam o mundo bruxo que o ministério fora obrigado a construir. Como ele e Harry riram disso quando Hermione veio lhe contar. Ela não. Achou que era sério demais para rir. Sempre achava. No entanto, esse caso em especial a afetava mais do que aos dois. Ela era filha de trouxas e seus pais tiveram de ir para um desses galpões.
O galpão foi atacado duas vezes. Na segunda, a mãe de Hermione quase perdeu o filho que esperava. Quando Carlos nasceu Hermione chorou tanto que ele achara que ia se afogar. Foi a última vez que Hermione pode se dar ao luxo de ver os pais.
Olhou pela fenda da tenda e suspirou. Sentara ali para decidir o que fazer e não para ficar relembrando os fatos que o marcaram. Não importava. Afinal, ele era um Weasley ou um Malfoy? Oras, teria que enfrentar o que viesse, não era verdade? Malfoy... Como esse nome o perseguira. O eterno inimigo. Duas vezes. Malfoy pai perece nas mãos de Malfoy filho. Quem diria não? O pequeno Draco Fuinha se tornou um dos mais poderosos aliados que eles tinham. Só ele mesmo poderia desconfiar do branquelo. Nunca confiara e não confiaria nele, mesmo que Harry dissesse que ele havia mudado. Harry... O escolhido de Você... De Voldemort... Tinha a mesma opinião que ele tinha até o treinamento com Snape. Desde então ele afirmava que vira o que Malfoy havia se tornado e lera sua mente. Acreditava nele. E nessas horas ele lhe perguntava: - E Snape? Você acredita? Harry ficava quieto.
O caso era que se tornaram uma elite. Harry, Hermione, Snape e até ele mesmo. Os quatro tinham poder na Ordem, sem discordância. Voldemort sabia disso e já tentara matar um dos companheiros de Harry inúmeras vezes. Por isso haviam três ou quatro covas do lado de fora do acampamento. O acampamento... A última resistência, dentro dos terrenos do castelo de Hogwarts. Ali se reuniram para a batalha que se seguiria amanhã. Amanhã. Ele não tinha tempo para ficar ali parado. Precisava criar os planos, as estratégias de guerra. Só que não conseguia, faltava coragem.
Olhou uma vez mais pela fenda e a luz dos lampiões lá fora o fez ver algo. Algumas pessoas caminhavam pelo acampamento com seus afazeres. Nada em especial. Então notou um grupo mais adiante. Daquela distância ele quase não pode reconhecer. Somente quando um feitiço mais forte fez iluminar o local ele distinguiu os cabelos cor-de-fogo. Seus irmãos... Mesmo em um momento onde teriam que batalhar por suas vidas eles continuavam brincando e treinando. Como podia ele, o mais novo dos seis, desonra-los? Levantou sua varinha e finalmente lançou os feitiços de invocação. Em segundos estava rodeado por seus ajudantes com todo o equipamento nas mãos. Viu em seus olhos a esperança. Viu em seus olhos o fogo. Viu-se em seus olhos e deixou de temer. Se for para morrer, morreria lutando.
- Estou pronto. – disse com o sorriso costumeiro.
- Finalmente, Rony... – disse aliviada Gina.
3 Comments:
Gostei, gostei e gostei! Como é de costume... ^^
Será que a Rowling vai fazer o Rony crescer tanto quanto a gente espera? Ai, ai...
E essas tuas viagens, pra São Paulo eu não pude ir junto... =( Mas pra Curitiba eu fui!!! E foi muito bom por lá mesmo! ^^
Beijos!!!
Gostei, gostei e gostei! Como é de costume... ^^
Será que a Rowling vai fazer o Rony crescer tanto quanto a gente espera? Ai, ai...
E essas tuas viagens, pra São Paulo eu não pude ir junto... =( Mas pra Curitiba eu fui!!! E foi muito bom por lá mesmo! ^^
Beijos!!!
Esse blog maluco... Não viu meu primeiro post... =S Dai ele tá duplo... Agora tem um terceiro...
Pois então... Ton, saiba de uma coisa! EU TE AMO!!!
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