quinta-feira, maio 25, 2006

Hi/Hola/Oi/Hai

Hoje é quinta-feira e eu finalmente estou bem, me sentindo revigorado. Por isso resolvi criar vergonha na cara e escrevi algo, que vou postar aqui hoje para vocês. Espero que gostem, pois eu gostei e é isso que conta, não é? Um escritor escreve ao mundo para contar a sua história para si mesmo. Se o mundo acha agradável ou não, isso não é levado em consideração. Não que eu esteja reclamando nem nada, só informando aqui uma teoria desenvolvida. Nada demais. Bem, espero que se divirtam.
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Comentários do Dia: Aiai, fui no dentista hoje. TRÊS CARIES, acreditam?!? Absurdo!!! Meu irmão que come muitos mais doces, escova menos os dentes, toma menos cuidado não tem nenhuma e eu tenho três!!! Me odeio. BAH! Ahn, finalmente cochilei o suficiente para recuperar as forças, estou quase ótimo. Falta pouco. Por isso consegui escrever alguma coisa pra trazer pra vocês. Ouviram? É quentinha! Aproveitem. Ah! Comprei os ingressos para amanhã! IEI! Vou ver X-Men 3!!! Estou feliz. Estava esperando por esse filme a Long Time Ago. É isso. Abraços e beijos. Té. -------------------------------------X-------------------------------------

...

Tirou a carta do bolso e amassou. Riu baixinho e saiu a caminhar pelo parque. Viu um casal sentado em uma toalha diante do lago e por pouco não passou por eles e se atirou na água gelada de outono. Como dito, por pouco. Saiu a caminhar por entre as árvores e surpreso encontrou um ponto no parque que não conhecia. Ali, entre os troncos se estabelecia um cerco, no qual no centro figurava uma imponente fonte de dois metros e meio de altura.

Observou com calma aquele isolado cenário e decidiu que descansar ali, escondido de todos, seria perfeito para ele. Deitou-se em um dos bancos-tronco que rodeavam a fonte e permaneceu a observar o céu de fim de tarde. Conhecia cada uma daquelas estrelas que em breve apareceriam, pois passara as duas últimas noites a contemplá-las. Deixou que uma única lágrima escorresse. Essa seria pela dor. E só.

Passou muito tempo deitado ali, não saberia dizer quanto. Estava já de noite quando ouviu um uivo agudo saindo por entre as árvores e se levantou, com medo. Pelo som, parecia ser ou um cachorro do mato, ou um lobo. Mas o que qualquer um dos dois faria ali, no meio daquele parque? Viu, tremendo, uma figura canina surgir. A princípio achou que era um cachorro muito grande, só quando a lua conseguiu ilumina-lo por completo viu que era uma pessoa. Uma pessoa muito estranha. Possuindo orelhas de cachorro, garras afiadas e um olhar muito, mas muito animalesco.

Andou dois ou três passos para trás e esbarrou em algo. “Merda!” pensou “O banco...”. Viu então algo que o deixou menos nervoso. Aos poucos, a figura começava a adquirir aspectos mais humanos, a não ser pelas orelhas. E quando chegou mais perto, notou que era uma mulher. Ela caiu diante dele e enfim ele viu a enorme ferida debaixo do ombro dela, mais ou menos nas costelas esquerdas.

Ficou parado durante micro-segundos, pensando no que poderia fazer. A chegada dela havia sido absurdamente estranha e havia deixado ele em alerta. Decidiu que danasse-se o mundo e coisa e tal e resolveu chegar mais perto. Quando se aproximou mais um passo, a criatura feminina no chão abriu os olhos um pouco. Não tinham mais formato de animal, agora eram bem humanos, verdes pra falar a verdade. Pegou-se admirando-os. Resolveu tentar contato.

- Olá?

Ela rosnou um pouco e se mexeu. Ele então a segurou. Reparou que ela possuía caninos bem afiados e se lembrou de certos comentários que ouvira dos amigos esquisitos da faculdade, que caçoavam dele chamando-o pelo mesmo nome que passara em sua mente agora. Seria possível?

- Tem... Algum jeito... De eu ajudar você? – perguntou tentando virá-la de cabeça para cima.

- Sangue... – sussurrou ela e ele não teve dúvidas.

Mas deveria? Não seria melhor que ela morresse e fosse uma a menos? Espera... Haveriam outros? Teriam eles feito isso com ela? Olhou em volta, apavorado e ficou aliviado ao constatar que estavam sozinhos na clareira. O alívio durou pouco. Lembrou-se do dilema e a encarou. Os olhos dela estavam ficando novamente animalescos e ele temeu o que viria. Resolveu ajuda-la. Arregaçou a manga e ofereceu seu pulso a ela.

Sentiu uma dor diferente, como uma pontada de agulha, no braço e de repente prazer. Até que não era ruim. E ela bebeu. E como bebeu. De repente ele se sentiu fraco e caiu por sobre ela, que o abraçou ternamente. Em minutos, ele se sentia vazio, caído ao chão. Então algo fresco, morno, tocou seus lábios. Sorveu o líquido e gostou do que sentiu. Passou a beber, com sofreguidão. Quando estava se satisfazendo, ela tirou o braço da boca dele e fechou o ferimento.

Ele sentiu o corpo passar por algumas dores e viu que ela o encarava meio que maternalmente. O que ela teria feito? Antes de cair no chão, a viu estender os braços e ampara-lo e antes de apagar, viu que ela estava com a carta dele em sua mão. “Mas quando...?”.

...

Acordou em um lugar que lembrava muito uma chácara. Sentiu o corpo dolorido. Olhou em volta e não reconheceu o ambiente. Notou que estava sem roupa e se sentiu invadido. Percebeu os sentidos se aguçarem aos poucos e de repente se tornarem absurdamente perfeitos. Tirou os óculos que não precisava mais e sentiu vontade de uivar. Conteve-se ao ouvir o barulho da porta abrindo. Ela entrou e ele a reconheceu. Agora estava muito melhor. Vestia um casacão sobretudo, os cabelos negros amarrados. Por debaixo do casaco um corpo muito bonito, tipo atriz de cinema. E os olhos verdes. Os grandes olhos verdes que o haviam traído antes.

Ela carregava um corpo pelo pé e jogou para ele. Bebeu até se sentir preenchido e completo. Ela ofereceu roupas novas e ele vestiu. Faltava ainda algo. Ela veio e lhe beijou, com força. As roupas novamente não estavam mais nele e sim ela. Duas ou três horas depois, os dois embolados no feno, face a face. Ela sorriu e ele teve certeza. Nem precisou perguntar. Ela não havia lhe dado o bolo que ele acreditava ter levado.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Lobisomem...
Gostei... (pra variar um pouquinho)

Quando eu estava na metade do texto eu estava meio que esperando por alguma coisa pular do meio do parque... Quando houve o uivo, tive certeza... ^^

Vc gosta de pessoas de cabelos pretos e olhos verdes, hein?
(ps, eu também gosto..)

Beijos!!!

Ah, a vida é assim, principalmente quando se trata de assuntos com dentes... Você superará isso.

E X-men III poderia ter sido melhor, se não fosse dublado... =S Que saco de Shopping Itaguaçu!!!

Agora, mais beijos... ^^

maio 27, 2006 11:26 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ok... ***Vergonha***

Confundi um gangrel com um lobisomem...

Sem comentários..

***mais vergonha***

Mais beijos pra ti também... Te amo!

maio 28, 2006 4:55 PM  
Anonymous Anônimo said...

Oi Ton
Nem sei se vc vai ver esse comentário (tá bem atrasado,hehe)...
Romance Gangrel, hein... Hum, os brutos também amam! Só não entendi a empolgação deles prá tirar a roupa denovo (de qquer maneira, é melhor assim, huahuahua).
Muito legal!

junho 07, 2006 11:21 PM  

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