ASN/APV
Olá a todos. Muito boa noite.
Aviso prévio: Não sei se amanhã haverá post. Não sei se haverá tempo. Minha pequena, amada namorada, vai se formar amanhã e isso eu não perco nem se os meus membros ficarem espalhados pelo mundo. Então, um olá por amanhã também, qualquer coisa.
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Comentários do Dia: Facul estranha hoje. Faltaram algumas pessoas importantes. E voltei pra casa de ônibus sozinho... Bizarro ler um livro gigante, o Código pra variar, do lado de fora e dentro do ônibus isolado do resto do mundo. Ao menos não perdi meu ponto, como algumas pessoas tentaram insinuar, sabe?
Ahn, finalmente voltei a treinar a guitarra. Foi bom pegar nela e começar a tentar aprender Palm Mute. Ainda falta muito, mas ao menos avancei mais um passo. Um dia chego lá.
Explorando YouTube! Recomendado procurar clipes de bandas... Vocês acham um monteeeeeee... Yeah!
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Admirável Sonho Novo/Assustador Pesadelo Velho
Fechou a porta da frente, visando se isolar do mundo além daquele arco. Cansado, estressado, na realidade, à beira de um ataque de nervos. Encostou a cabeça na parede oposta, fechando os olhos e desejando que estivesse simplesmente sonhando. Mas não estava. Estava só.
Um, dois, quatro, oito, nove socos deu até que cansou. Os punhos vermelhos, quase ralados, estavam agora cansados também. Sentia vontade de chorar, só que não conhecia o significado da palavra.
Desencostou da parede, em pânico. Nunca se sentira tão mal. Não havia buraco mais fundo que aquele em que se metera. E só fizera ser verdadeiro. Agira como queria, sem medo de ser falso. Falso jamais! Coração fechado, marcado pelo tempo, fazia questão de desconhecer a palavra. Cérebro cheio, parecia dilatar, apertava a caixa craniana, causando-lhe náuseas, tontura. Tortura na verdade. Merecia tanto?
Até então, andava como um zumbi. Não sabia como, mas chegara até a cama. Caiu, como uma rocha. A mão direita tirou os óculos enquanto a esquerda buscou o controle do som. A música, a situação, tudo lhe lembrava eles, ela. Lacrimejou. Chorar se tornava necessidade.
Pensou em dormir, talvez apagasse o momento. Quem sabe se sentiria melhor.
...
Não adiantou. Levantou a cabeça, apenas para encontrar uma das malditas almofadas. Diabos! Tinha que passar mesmo por isso? Não bastava o coração sangrando, agora sua alma devia ser dilacerada?
Saiu da cama, andou até o computador. Ligou. Ótimo! Nenhum deles estava lá. Nem eles, nem os outros. Perfeito!
Onde estavam as lágrimas? Seria possível ser seco por dentro?
Improvável. Não chorava porque já chorara demais antes. Agora, se via bloqueado.
Foi comer, provavelmente uma fruta ou um doce o animariam.
Mentira! A comida perdera o gosto, a água era como ácido passando pela garganta rasgada. Tudo se tornara frio, incômodo, desgracioso... Sem eles. Que falta poderiam fazer pobres indivíduos com tão pouco nas mentes fechadas?
Era masoquista, só poderia. Gostava de sofrer, era isso que acreditava agora. O maltratavam e ainda assim ansiava por ouvi-los entrar, sentar com ele à mesa, contar para ele das situações que presenciaram em seu ambiente de trabalho. Por quê?
Visualizou cada um deles sentado à mesa de dez lugares. Grande, mas não sua. Pertencera à mãe, agora cuidava dela, antes de passar adiante para a irmã. Todos eles, ali, acenavam para ele, rindo. Riam, desgraçados! Riam com gosto do seu amigo que sofre por vocês! Porque eu sou um saco vazio e tenho que aceitar suas ordens, as coisas com gosto de fel que me jogam goela abaixo! Odiosos queridos amigos.
Devia lealdade à eles, sempre seria assim. Era antiquado por demais para dizer o contrário. Inclusive, deveria ser o único a pensar assim. Lealdade, amizade verdadeira.
Não existe paz na falsidade, existe trégua. Porém, trégua não era o que desejava.
Entorpecido. Sim, era essa a maneira como estava. Riu, gargalhou, sorriu. O corpo leve, a mente viajante. Um olhar à faca de cozinha o tentou.
Maluco, louco, desvairado, medroso. Aproximou-se do objeto cortante. Cobiçou sua leveza, seu fio, seu brilho. Um corte apenas, e tudo acabaria.
Medroso, novamente. Impossível se cortar. Apego demais à matéria.
Ridículo!
Desmaiou com o sangue jorrando das mãos.
ARGH!...
Dor, muita dor.
Observou a mão, o corte profundo. Não tanto quanto o do seu coração, mas próximo.
Doloroso demais.
Enfaixou a mão. Em seguida, agarrou a garrafa de vodka. Se prometera não beber sozinho, temia o que poderia fazer. Agora, só seria a única forma de beber.
Derramou um pouco sobre a mão, juntou algumas ervas e terminou de colocar o esparadrapo.
Absorveu aos goles a garrafa. Queimava o pescoço, os pulmões, o estômago.
Perto do que sentia, a sensação era maravilhosa.
O doce gosto da boemia o invadiu. Passou a filosofar. Em seguida, cantava. Por fim, se agarrou em poesias. Desmaiou de novo.
...
Acordou na cama.
Como? Quem? Onde?
Pesadelo? Não. A mão doía e o corte existia.
Então... Como? E quem?
Buscou, os olhos sem óculos doeram, sua cabeça latejando.
Ressaca danada, não agora!
Fechou os olhos. A voz invadiu sua mente.
“Espero que esteja bem.”
Abriu os olhos e não acreditou.
Sozinho? Jamais. Junto a ele... Unicamente...
...
Horas passaram, e os dias se seguiram.
Os reencontrou. O desfecho não está para ser contado aqui.
Mas se ele acreditou em si, e eles puderam abrir os olhos.
Então ele alcançou novamente seu lar.
Sozinho? Jamais. Junto a ele, unicamente, alguém a quem ele sempre pode confiar.
Esperança.
“Amigos passam, amigos morrem, outros nascem. O mundo é um oco, onde se encontra afinidades. Você conhece muitas pessoas, mas apenas algumas reconhecerá como amigos. E estas, por mais que discutam, sempre estarão lá. É só crer e esperar. Eles virão.”
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"É claro que, no mundo dos ninjas, aqueles que quebram as regras são desgraçados. Mas... Aqueles que não se preocupam com seus copanheiros são mais desgraçados ainda." - Uchiha Obito (Naruto)
Aviso prévio: Não sei se amanhã haverá post. Não sei se haverá tempo. Minha pequena, amada namorada, vai se formar amanhã e isso eu não perco nem se os meus membros ficarem espalhados pelo mundo. Então, um olá por amanhã também, qualquer coisa.
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Comentários do Dia: Facul estranha hoje. Faltaram algumas pessoas importantes. E voltei pra casa de ônibus sozinho... Bizarro ler um livro gigante, o Código pra variar, do lado de fora e dentro do ônibus isolado do resto do mundo. Ao menos não perdi meu ponto, como algumas pessoas tentaram insinuar, sabe?
Ahn, finalmente voltei a treinar a guitarra. Foi bom pegar nela e começar a tentar aprender Palm Mute. Ainda falta muito, mas ao menos avancei mais um passo. Um dia chego lá.
Explorando YouTube! Recomendado procurar clipes de bandas... Vocês acham um monteeeeeee... Yeah!
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Admirável Sonho Novo/Assustador Pesadelo Velho
Fechou a porta da frente, visando se isolar do mundo além daquele arco. Cansado, estressado, na realidade, à beira de um ataque de nervos. Encostou a cabeça na parede oposta, fechando os olhos e desejando que estivesse simplesmente sonhando. Mas não estava. Estava só.
Um, dois, quatro, oito, nove socos deu até que cansou. Os punhos vermelhos, quase ralados, estavam agora cansados também. Sentia vontade de chorar, só que não conhecia o significado da palavra.
Desencostou da parede, em pânico. Nunca se sentira tão mal. Não havia buraco mais fundo que aquele em que se metera. E só fizera ser verdadeiro. Agira como queria, sem medo de ser falso. Falso jamais! Coração fechado, marcado pelo tempo, fazia questão de desconhecer a palavra. Cérebro cheio, parecia dilatar, apertava a caixa craniana, causando-lhe náuseas, tontura. Tortura na verdade. Merecia tanto?
Até então, andava como um zumbi. Não sabia como, mas chegara até a cama. Caiu, como uma rocha. A mão direita tirou os óculos enquanto a esquerda buscou o controle do som. A música, a situação, tudo lhe lembrava eles, ela. Lacrimejou. Chorar se tornava necessidade.
Pensou em dormir, talvez apagasse o momento. Quem sabe se sentiria melhor.
...
Não adiantou. Levantou a cabeça, apenas para encontrar uma das malditas almofadas. Diabos! Tinha que passar mesmo por isso? Não bastava o coração sangrando, agora sua alma devia ser dilacerada?
Saiu da cama, andou até o computador. Ligou. Ótimo! Nenhum deles estava lá. Nem eles, nem os outros. Perfeito!
Onde estavam as lágrimas? Seria possível ser seco por dentro?
Improvável. Não chorava porque já chorara demais antes. Agora, se via bloqueado.
Foi comer, provavelmente uma fruta ou um doce o animariam.
Mentira! A comida perdera o gosto, a água era como ácido passando pela garganta rasgada. Tudo se tornara frio, incômodo, desgracioso... Sem eles. Que falta poderiam fazer pobres indivíduos com tão pouco nas mentes fechadas?
Era masoquista, só poderia. Gostava de sofrer, era isso que acreditava agora. O maltratavam e ainda assim ansiava por ouvi-los entrar, sentar com ele à mesa, contar para ele das situações que presenciaram em seu ambiente de trabalho. Por quê?
Visualizou cada um deles sentado à mesa de dez lugares. Grande, mas não sua. Pertencera à mãe, agora cuidava dela, antes de passar adiante para a irmã. Todos eles, ali, acenavam para ele, rindo. Riam, desgraçados! Riam com gosto do seu amigo que sofre por vocês! Porque eu sou um saco vazio e tenho que aceitar suas ordens, as coisas com gosto de fel que me jogam goela abaixo! Odiosos queridos amigos.
Devia lealdade à eles, sempre seria assim. Era antiquado por demais para dizer o contrário. Inclusive, deveria ser o único a pensar assim. Lealdade, amizade verdadeira.
Não existe paz na falsidade, existe trégua. Porém, trégua não era o que desejava.
Entorpecido. Sim, era essa a maneira como estava. Riu, gargalhou, sorriu. O corpo leve, a mente viajante. Um olhar à faca de cozinha o tentou.
Maluco, louco, desvairado, medroso. Aproximou-se do objeto cortante. Cobiçou sua leveza, seu fio, seu brilho. Um corte apenas, e tudo acabaria.
Medroso, novamente. Impossível se cortar. Apego demais à matéria.
Ridículo!
Desmaiou com o sangue jorrando das mãos.
ARGH!...
Dor, muita dor.
Observou a mão, o corte profundo. Não tanto quanto o do seu coração, mas próximo.
Doloroso demais.
Enfaixou a mão. Em seguida, agarrou a garrafa de vodka. Se prometera não beber sozinho, temia o que poderia fazer. Agora, só seria a única forma de beber.
Derramou um pouco sobre a mão, juntou algumas ervas e terminou de colocar o esparadrapo.
Absorveu aos goles a garrafa. Queimava o pescoço, os pulmões, o estômago.
Perto do que sentia, a sensação era maravilhosa.
O doce gosto da boemia o invadiu. Passou a filosofar. Em seguida, cantava. Por fim, se agarrou em poesias. Desmaiou de novo.
...
Acordou na cama.
Como? Quem? Onde?
Pesadelo? Não. A mão doía e o corte existia.
Então... Como? E quem?
Buscou, os olhos sem óculos doeram, sua cabeça latejando.
Ressaca danada, não agora!
Fechou os olhos. A voz invadiu sua mente.
“Espero que esteja bem.”
Abriu os olhos e não acreditou.
Sozinho? Jamais. Junto a ele... Unicamente...
...
Horas passaram, e os dias se seguiram.
Os reencontrou. O desfecho não está para ser contado aqui.
Mas se ele acreditou em si, e eles puderam abrir os olhos.
Então ele alcançou novamente seu lar.
Sozinho? Jamais. Junto a ele, unicamente, alguém a quem ele sempre pode confiar.
Esperança.
“Amigos passam, amigos morrem, outros nascem. O mundo é um oco, onde se encontra afinidades. Você conhece muitas pessoas, mas apenas algumas reconhecerá como amigos. E estas, por mais que discutam, sempre estarão lá. É só crer e esperar. Eles virão.”
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"É claro que, no mundo dos ninjas, aqueles que quebram as regras são desgraçados. Mas... Aqueles que não se preocupam com seus copanheiros são mais desgraçados ainda." - Uchiha Obito (Naruto)
1 Comments:
Sabe... Sem comentários...
Triste... =S
Bjo...
Estarei sempre com você.
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