sexta-feira, maio 19, 2006

Voltando!

E aqui estou eu, again! Renovado e melhorado, tô pronto pro final de semana agitado que vem aí. Sem comentários do dia! Hoje trago a vocês o capítulo 2 da minha história que continua sem nome. Eu não tive idéias e ninguém me deu uma... Ah vai, pessoal, não sejam sovinas, doem uma idéia a um sem-idéias. Não custa nada. Quem quiser doar uma, ligue 0800-comentário1, quem quiser doar 5, ligue 0800-meu-e-mail, quem quiser doar 10, ligue 0800... Esquece... Rsrsrs Ninguém tem como doar dez. Mas tudo bem! Valeu a pena tentar. Bom, hoje, é com vocês! Fui!
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Capítulo 2 – Sr. Bogia

Adriano Bogia é o sonho de qualquer aluna. 26 anos, alto, moreno, olhos azuis, cabelos arrumados, é um ótimo professor e instrumentista. Seus problemas resumem-se à nunca ter saído da cidade onde nasceu, perdendo assim a chance de crescer no resto do mundo. Mesmo assim, gosta do que faz. Por isso já tem fama diante da escola, sendo o preferido da maioria dos alunos do ensino médio, onde dá aula de matemática. Por escolha própria, assumiu também a cadeira de maestro da banda do colégio, onde ele mesmo toca vários instrumentos.

Por questão de princípios, gosta de se meter na vida de seus alunos, dando à eles a “mãozinha” necessária para que façam o máximo que podem. E por isso, em plena segunda-feira, em frente à toda a classe do Terceirão do Cruz e Souza, escolheu os extremos opostos da sala (Leia-se Jaques e Jéssica) para formarem a dupla de um trabalho que valeria peso dois, o mesmo que uma prova. A resposta dos dois foi a seguinte...

- QUÊ?!?

- Esse viado ficou biruta?!? – pensou Jaques.

- Professor, o senhor bateu a cabeça? – pensou Jéssica.

Como visto, as respostas foram similares, apenas com palavras diferentes. Mas Adriano não estava nem um pouco fora do seu juízo. Apenas tinha planos para essas duas mentes.

- Vocês ouviram, a última dupla é a de vocês. E ponto final. Quero esse trabalho pronto para daqui a três semanas, para dar tempo de vocês fazerem e estudarem também. E antes que eu ouça reclamações da área dos futuros universitários... – e olhou para um pequeno grupo de “crânios” no canto que já abriam a boca – Saibam que DÁ tempo sim e o diretor já aprovou como uma forma de incentivo à Matemática, já que alguns de vocês AINDA não tocaram em seus livros esse ano... – e olhou para o outro canto da sala.

E o sinal tocou, indicando fim da aula faixa que havia começado tão bem.

Enquanto isso, no São Bastião, o professor de música Carlos Andrade, estava diante de um “pequeno” desafio. Daniel e Henrique.

- Vejam bem, vocês tem fama já de não se adaptarem com a banda do colégio. Você, Henrique, por ser bom e saber disso. E você, Daniel, por ser bom e não saber disso. Agora, caros indivíduos. Podem me explicar o porquê de vocês teimarem em se unir à banda esse ano?

- Olha, Carlos, não é que eu teime, mas... Ce sabe, minha mãe que quis que eu fizesse e eu não tava muito a fim, entende? – Daniel dizia enquanto já se recostava na cadeira.

- E eu, fessor, não tava muito a fim de ter que passar mais um ano tocando as músicas que o diretor insiste em colocar pra banda tocar. São... Banais!

- O corpo docente não pensa assim, Henrique. E... Daniel... Não sei se você sabe, mas sua mãe JÁ pagou a taxa de inscrição e não vai querer pagar cadeiras novas. Tira o pé daí.

- Foi mal, foi mal...

- Escutem. Eu compreendo essa repulsa de vocês ao trabalho e ao tedioso. Por isso, esse ano eu fiz algo que vai compensar vocês. Os dois são os primeiros membros da banda não-oficial do colégio. É, não me olhem com essa cara – Daniel já tinha ficado ereto e Henrique passou a olha pro professor – Existe agora uma banda NÃO-oficial no colégio. Uma banda de música mesmo. Ou seja, vocês vão tocar o que EU quiser, não o que o diretor quiser e onde EU quiser. E sim, vai ser bom.

Imperou um pequeno silêncio enquanto os dois digeriram a informação.

- Isso quer dizer que... A gente vai tocar COM você e não para você? – gaguejou Henrique.

- É, é isso mesmo. Eu vou tocar bateria, você vai tocar baixo e o Daniel vai tocar violão. Precisamos de mais músicos, mas isso arranjamos. Por ora, a idéia é termos algo BOM pra apresentar pra diretoria. Ou seja, vamos ensaiar direto e já, entendido?

Poderia se jurar que uma pequena centelha se acendeu nos olhos de Daniel, mas foi muito rápido.

- E o quê devemos tocar? – foi o que ele perguntou... E se arrependeu depois.

- Vocês vão ver já já...


Em uma sala escura como um calabouço e fria como uma geladeira, Marrie editava a sua página semanal. Não que ela fosse gótica obcecada ou coisas do tipo. Só que ela realmente gostava de ficar assim, ajudava ela a relaxar. Ouvindo músicas underground no pc, ela quase chegava ao estado zen e isso a tornava perfeita pra escrever. Claro que tudo que é bom pode ter seu balde chutado. Não deu pra contar até três, o chefe dela irrompeu pela sala sem bater... De novo.

- Marrieanne! – gritou ele quase tropeçando em alguns papéis no chão. Parou antes do terceiro passo.

Em algumas de suas histórias, Marrie se imaginava como uma assassina, que mataria por pronunciarem seu nome completo. Naquele momento, se olhar matasse, Marrie seria uma serial killer classe S.

- Você não podia ao menos uma vez entrar como uma pessoa comum?!? – perguntou ela apertando a região acima do nariz com o polegar e o indicador direitos. Mania dela.

- Desculpe, desculpe. Mas isso é importante. O diretor falou de um novo projeto que o professor Carlos tá montando e queria que nós fizéssemos uma matéria sobre isso.

- Entrevistar o professor? – perguntou ela esperando a bomba.

- Não... Quero que você entreviste Henrique Bastos, o gênio musical da escola.

- UGH! – bomba acionada. Explosão completada.

Daniel chegou em casa, brigou com a mãe, comeu o lanche, subiu pro quarto, jogou a mochila em um canto e praguejou. Tudo isso em apenas vinte e cinco minutos. Pode não parecer, mas ás vezes ele é um atleta.

“Diacho, logo agora que eu tava quase conseguindo sumir naquele colégio, virei atração dele? Banda... Há! Brigado mãe!” jogou a almofada pra cima. Quando ela voltava, deu um soco e a pegou.

“Que fazer? Não há remédio. Eu até que me empolguei de tocar algo legal, mas sei lá... Aquele Henrique é muito ‘Eu sou o máximo!’ e a escola vai acabar interferindo... Me***! Que fazer?” Olhou em volta. Viu o violão e o computador e só pode pensar: “Vou extravasar”

Aproximou-se da cadeira do computador, sentou e pegou o violão. Conectou ele ao pc, e o ligou, pronto pra brincar. Começou com alguns acordes e logo estava tocando uma música de cabeça. Não sabia qual, só sabia que gostava daquilo. Abriu o programa de cifras e o MSN. Por um acaso, havia um contato novo. Aceitou-o.

#Hei! Conheço vc?#digitou.

TREVOR_JUSTUS_BELMONT respondeu: #na real, nop# e em seguida #te add pq vi teu nick lá no fórum do site d mp3#

#Aaaaah. Que ce ove?#

#nd d+, musik japa, rock, metal, naum gosto mt de nac, mas ovo, e tb naum gosto mt de pop. e vc?#

#Mais eclético. Ovo de td um poko.#

E por aí foi. Seria chato e não conveniente continuar lendo a conversa dos dois. Só um segredo. Trevor é na verdade o pseudo-nerd Jacques, imagina como isso vai acabar.

Nesse instante, na casa de Jaques, a mãe dele bate na porta, o forçando a abandonar a conversa.

- Que é, mama? – pergunta ele com o sotaque italiano que a mãe usa.

- Sabe aquele trabalho que tu me diste hoje no almoço? – respondeu ela com uma pergunta carregando o sotaque em um rebuscado português – Pos é. Yo falou com minha amiga, Isabella. E ela me contou que seu filho é muito bom em matemática.

- Que que tem, mama?

- Que filho burro que eu tenho! Ele pode te ajudar, Jaques! – respondeu ela irritada, o sotaque ficando cada vez mais forte.

- Tá, tá, mama! Eu procuro ele depois!

- Não esqueça, bambino! – gritou ela e saiu xingando em italiano o que quer que fosse.

- Putz, que mãe hein? Credo... Deixa eu ver se o guri ainda ta... Ah, não... Ele saiu! Grande mama! Grande! – praguejou Jacques movendo o scroll do mouse algumas vezes.

Sentou na cama e olhou o teto, onde figurava um pôster em tamanho natural de um personagem de um clássico jogo japonês. Na realidade uma série, Final Fantasy. Ele portava uma espada gigante e tinha um cabelo muito estranho loiro. Jacques adorava aquele jogo. Uma das únicas coisas de nerd que ele não precisava fingir. Fingir... Jacques fechou os olhos e lembrou da infância, quando sua popularidade em qualquer grupo beirava o 0. Por coincidência, ele tinha mais um amigo que era assim, mas não lembrava o nome dele. Fazia muito tempo. Agora, Jacques era semi-popular, bom, ao menos entre os nerds. Isso tinha suas vantagens. Algumas.

Henrique cruzou a garagem procurando por alguma coisa. Isso seria difícil SE a garagem tivesse a função que deveria, que seria portar um carro. Nada disso. Aquela garagem se tornara o depósito musical de Henrique. Com exceção do baixo, que guardava no quarto, todos os outros instrumentos que o guri já havia experimentado figuravam ali. De corda, de sopro ou percussão, ali havia material para uma banda inteira. Infelizmente, nenhuma havia tocado muito tempo com ele. E ele não entendia porquê. Um dos antigos colegas dele falou sobre ego, e ele não entendeu.

- Praga! Cadê aquela coisa...? Ah... Ta aqui! – gritou puxando uma chave antiga do meio da bagunça. – Mã! Achei!

- Traz pra cá, moleque! Aproveita e vê se depois dá uma limpada nisso aí! – gritou a mãe de dentro de casa.

- Ta bom, manhê, ta bom... – saiu bufando, carregando a chave.

Voltou cinco minutos depois, de avental e lenço na cabeça. Odiava usar aquilo, totalmente, mas era preciso. A situação na garagem estava em estado de miséria e ele não queria sujar a roupa. Começou a arrumar tudo, tirar o pó. Fazia muito tempo que ele não tocava nenhum daqueles objetos. Em especial a percussão. Havia quase quebrado a mão tocando bateria quando resolveu ser punk. Péssima idéia. Durou duas semanas e quatro dias. A mãe gostava de anotar para mostrar a ele depois o quão superficial ele estava sendo. Ele sempre agradecia, só que continuava com a mania. Estava terminando de limpar o bumbo quando tocou a campainha. Conhecendo a mãe, deveria ser uma daquelas visitas dela, amigas que ela formava em alguns dos vários, e eram muitos mesmo, grupos que ela participava. Por isso, estranhou quando ouviu passos.

- Rique! Visita pra você! – gritou a mãe.

Ele olhou desesperado para a porta, tentando achar uma solução. Demorou demais. No instante seguinte surge uma menina toda dark entrando por ela e fica estática ao ver a cena.

- Oi... Cheguei em má hora?

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Parece bom... eu só estou com um probleminha... Não lembro mais direito quem é quem... fiquei meio perdida! Mas dá nada! Eu me acho depois!!!

Beijos!

Ps: SE eu tiver alguma ideia pode ter certeza que eu passo ela pra ti.

maio 25, 2006 5:24 PM  

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