Surpresa!

Ora ora, retorno do limbo. E trago agora as minhas impressões sobre o filme/adaptação Harry Potter e a Ordem da Fênix. Aviso aqui que haverão spoilers!

Uma alfinetada... O filme poderia ter quase qualquer outro título, menos Ordem da Fênix que é o elemento que menos aparece no filme, na minha opinião.
O início... Aquele frio na barriga, o logo da Warner Bros. Então uma vista aérea de Surrey (Que finalmente citua em que dimensão Harry vive nas férias) e o encontramos em um balanço. A rápida passagem até o encontro com os dementadores serve para mostar o quão revoltado ele está. Até este momento o pouco que dá pra sentir da intensidade do filme já supera em muito os anteriores. Antes de continuar devo ressaltar como a escolha por David Yates parece ter sido o encontro do Graal para a produção. Em primeiro lugar, sua filmagem é mil vezes mais dinâmica, sua condução de atores está perfeita e seus cortes são menos obcenos que os de Cuarón ou Newell. Aliás... O diretor opta por cenas aceleradas em prol de maior conteúdo contra cenas demoradas que tirariam a oportunidade de bons elementos do livro. Isso também acaba se tornando um elemento ruim, quando a aleatoriedade dos momentos em tela afeta a linha de condução da história original. Não que seja só fanatismo, mas conta também a não-presença de dados importantes como o quadribol, o lema Weasley é o rei e a monitoria de Rony e Hermione. Outros dados acrescidos, por outro lado, agradaram muito.
Voltemos então ao filme em si. Seguimos Harry em seu encontro com a equipe que vai levá-lo até o Largo Grimmauld, e que parece esquecer de Lupin, e quando chegamos à famosa rua da casa dos Black, Moody faz surgi-la... Batendo o cajado no chão?!? E o fiel do segredo? Eu, ao menos, imaginava uma casa mais imponente. Nada fica bem explicado. Mais tarde, quando for Natal, a casa ainda estará aberta. Ou ao menos parece que ainda está, porque a câmera segue janela adentro, sem precisar afastar novamente as casas laterais. Outro detalhe importante é que só nessa época Sirius contará à Harry sobre a propriedade e veremos em primeira mão a tapeçaria da família.
A euforia foi enorme quando muitos atores apareceram. Rupert, Dan, Emmas, Evanna, Gary, Alan, Imelda... Todos muito bons e com ótimas passagens! A única crítica negativa é sobre o descaso com Bonnie, ou melhor, Ginevra Weasley... Que entrou muda e saiu praticamente calada. Suas únicas e constantes falas são "Reducto"! Exatamente. Em nenhum instante vemos a inteligente Gina, que no sexto livro será novamente apagada, e suas brilhantes frases para Harry, Rony e Hermione. Sequer temos noção de que ela tentou namorar outros alunos. Será que tentaram acelerar a "morte" da personagem para os fãs?
A futura namorada de Harry não recebeu nenhuma atenção, mas a atual, e de curta duração, sim. E muito. Cho Chang assume o papel de traíra da AD, ainda que indiretamente. E com isso fica pesado para o lado de Harry, ao contrário da fonte. No livro, Harry e Cho discutem porque ela não parece ser mais do que um saco de emoções negativas. Não importa que Hermione defenda. Cho é um pé no saco e MULHERES afirmam isso. No filme... Bom, ela saiu perdendo de qualquer forma.
Certas liberdades tomadas por Yates me agradaram muito. A frase que Harry pronuncia para Umbridge na hora dos centauros ficará marcada em minha mente. A morte de Sirius ganhas mais firmeza quando, ao invés de um raio vermelho, Bellatrix o acerta com um Avada Kedrava. E se havia dúvidas da feracidade de Lord Voldemort, Ralph Fiennes e sua bizarra batalha com Dumbledore tiraram elas rapidinho. O lorde das trevas protagoniza uma batalha de verdade, pra variar.